segunda-feira, 18 de julho de 2011

Semana Santa na Cidade de Goiás


A Semana Santa na Cidade de Goiás é uma das mais belas representações da morte e ressurreição de Cristo. Ela acontece anualmente e retrata o sofrimento de Jesus ao dar sua própria vida em favor dos nossos pecados, para que tenhamos mais vida e dignidade.

O evento mais marcante é a Procissão do Fogaréu que acontece na quarta-feira (20/4), às 23h59. A essa hora, na frente da Igreja da Nossa Senhora da Boa Morte, ponto de partida do trajeto, uma multidão aguarda o começo da caminhada. Entre eles, estão 40 homens altos, encapuzados, vestindo túnicas reluzentes que estendem suas tochas mais alto do que qualquer outra das 500 tochas que foram distribuídas para a multidão. Eles são os farricocos, os grandes protagonistas da perseguição e prisão de Jesus.


À meia-noite, todas as luzes são apagadas e a única coisa a iluminar o caminho são as tochas. É nesse momento que a procissão realmente começa.

Os fiéis e curiosos vão andar por cerca de uma hora, até chegar ao seu destino final: a Igreja de São Francisco. A única parada do percurso acontece na Igreja do Rosário, onde está montada uma representação da última ceia. A encenação é toda feita ao som de músicas do século 19

Na quinta-feira, as celebrações continuam com a missa do lava-pés. Durante a cerimônia, os fiéis cantam hinos do século 19. O lava-pés relembra o ato de humildade em que Cristo lava os pés de seus 12 discípulos na última ceia.

A sexta-feira em Goiás Velho é marcada por momentos como a Adoração da Cruz, o canto do perdão, o descendimento da cruz e a Procissão do Enterro. No sábado de aleluia, a população faz uma vigília durante todo o dia.

Já no domingo de Páscoa, a Procissão da Ressurreição percorre as ruas do centro histórico. Durante o dia, acontece a famosa queima do Judas.
http://www.maisgoias.com.br/noticias/cidade/2011/3/18/12063.html?A+Semana+Santa+na+Cidade+de+Goias;+veja+a+programacao

domingo, 17 de julho de 2011

FICA - Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental





"A Cidade de Goiás transforma-se, a cada mês de junho, em um grande palco, agora, para viver mais uma edição do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).  O festival foi idealizado por Luiz Felipe Gabriel, Jaime Sautchuk, Adnair França e Luís Gonzaga, o Fica despontou em 1999 como marco de um novo momento da cultura em Goiás, sob a coordenação geral do cineasta João Batista de Andrade. Visava a princípio a valorização do cinema, discussão da questão ambiental, e contribuir para conquista do título de Patrimônio da Humanidade para a Cidade de Goiás, além de movimentar o setor cultural como um todo, gerar riquezas (como cultura e informação), empregos e fomentar o turismo.
Graças ao apoio e envolvimento de seus realizadores, todos esses objetivos foram alcançados em menos tempo do que se esperava. Além destas metas, o Fica  abre espaço para as discussões do desenvolvimento sustentável não apenas na tela, mas com oficinas, mesas-redondas, palestras e outras atividades que levam à mais ampla abordagem das questões do meio ambiente. Por essa linha de ação busca ainda reforçar a consciência para a melhor relação homem/natureza.
O Fica, que acontece na Cidade de Goiás, berço cultural do Estado, adquiriu solidez e independência, marcando-se como um dos mais importantes acontecimentos do calendário cinematográfico mundial. Desde a primeira edição, o festival tem descrito uma trajetória de crescimento e consolidação. Uma das causas dessa ascensão é o fato de possuir a maior premiação da América Latina no gênero: R$ 240 mil em prêmios.
Na verdade, o Fica vai além do cinema. Possui uma programação multicultural paralela, pondo em cena espetáculos que valorizam a criação musical, o teatro, a dança e literatura. O alcance e os benefícios do festival são imensos. Durante sua realização, o turismo se amplia, e com ele o número de empregos. Na velha capital de Goiás, circulam informação, cultura e pessoas interessantes de todo o mundo. Enfim, o festival avança como precioso momento em que história, cultura e meio ambiente se encontram em nome da cidadania e de uma vida de melhor qualidade para todos.”

Flores do Cerrado



 
Todas as cores presentes
amarelos atraentes
vermelhos vivos
azuis raros.

O Cerrado sorri em flores.

Verdes suaves e aconchegantes
lilases-ternura
roxo forte e contrastante,
o Cerrado florido atesta
incondicionalmente:

O Mundo sem flor é triste!

Nós, por causa das flores somos mais felizes.
Antônio Padilha de Carvalho

Do livro: "Chapada dos Guimarães, Meditação, Visual & Poesia"


domingo, 22 de maio de 2011

Escola Municipal Santa Bárbara





                            
                       Escola Municipal Santa Bárbara
A Escola Municipal Santa Bárbara, situada à Rua Vereador Hugo Argenta, S/N, no setor Santa Barbara na cidade de Goiás, foi fundada em 30 de maio de 1.999, atende a alunos de todas as classes sociais, oferecendo um ensino de qualidade, embasando-se nos preceitos de uma formação crítica para o exercício da cidadania.
Ela está localizada no setor Santa Bárbara, atende a um público bem variado, recebendo alunos de todos os outros setores da região, inclusive o número maior de alunos é do setor rural. Devido a este fator as salas são bem heterogêneas em relação ao nível de conhecimento, necessitando de trabalhos diversificados, sendo dispensado ao professor uma maior assistência individual ao aluno.
Em prol disso, a unidade escolar mantém atendimento complementar, destinado à recuperação paralela, oferecendo atividades extras e diversificadas, atendendo as necessidades individuais dos educandos. As modalidades de ensino oferecidas são: educação infantil, ensino fundamental 1º ao 5º ano e  Eja.
Fundamenta seus princípios em uma aprendizagem que tem como base, a participação construtiva do aluno, estabelecendo ações pedagógicas que propiciem a formação de princípios, éticos, a autonomia, responsabilidade, respeito mútuo, a criatividade, respeito à diversidade, à ordem, à moral e aos bons costumes, ao fortalecimento dos vínculos familiares e ao exercício da cidadania.
Fonte: Projeto Político Pedagógico da Escola Municipal Santa Bárbara.




                              Goiás, minha cidade…
                              Eu sou aquela amorosa
                              de tuas ruas estreitas,
                              curtas,
                              indecisas,
                              entrando,
                              saindo
                              uma das outras.
                              Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa.
                              Eu sou Aninha...

Cora Coralina


Ana Lins de Guimarães Peixoto Bretas, nasceu no estado de Goiás (Goiás Velho) em 1889. Filha de Jacinta Luíza do Couto Brandão Peixoto e do Desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães. Em 25 de novembro de 1911 deixa Goiás indo morar no interior de São Paulo. Volta para Goiás em 1954, depois de 45 anos. Coralina era chamada Aninha da Ponte da Lapa. Tendo apenas instrução primária e sendo doceira de profissão.
Publicou seu primeiro livro aos 75 anos de idade. Ficou famosa principalmente quando suas obras chegaram até as mãos de Carlos Drummond de Andrade, quando ela tinha quase 90 anos de idade. Sua obra se caracteriza pela espontaneidade e pelo retrato que traça do povo do seu Estado, seus costumes e seus sentimentos.
Faleceu em 10 abril de 1985 em Goiânia.





"Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
                                                  Verdadeira, pura… Enquanto dura."
                                              Cora Coralina
        

Goiás e sua história



 


  A Cidade de Goiás, historicamente reconhecida como marco do trabalho dos bandeirantes paulistas em busca do ouro e do aprisionamento de índios nos sertões do Centro - Oeste brasileiro, situa-se às margens do Rio Vermelho, circundada pela Serra Dourada. Foi edificada em um pequeno vale, antes habitado pelos lendários índios Goyazes.
  Sua fundação é atribuída aos “desbravadores” e data de 1727. Inicialmente, teve a denominação de Arraial de Santana. Pela sua importância, foi elevada a Vila Boa de Goiás em 1749, passando a ser reconhecida como  Cidade de Goiás em 1818. 
   Foi Capital do Estado até o ano de 1937, quando se deu a transferência da Capital para a cidade de Goiânia. Nessa época, o município não perdeu somente o Poder Político; foram transferidas também   as melhores escolas da região, faculdades e toda a infraestrutura da  cidade para a nova Capital.
   Os poucos habitantes que aqui ficaram quase foram esquecidos. Muitas casas foram abandonadas, alguns moradores mudaram para a nova Capital, outros foram para as fazendas, deixando a cidade com ar de marasmo. A economia girava em torno do pequeno comércio local, da agropecuária de subsistência e do serviço público. Sem estrutura adequada para atender à população, deixou muitos moradores abaixo da linha da pobreza, sem estudo, sem trabalho, pouca ou nenhuma perspectiva de  vida.
    Segundo o historiador (Lima: 2008,p 22), a perda da condição de Capital representou para o povo da Cidade de Goiás uma enorme corrosão em sua vida econômica e, igualmente, um forte abalo na autoestima de sua população.
    A cidade  passou um longo período em declínio político e econômico.Não houve, por várias décadas, investimentos suficientes  nas áreas da saúde e da educação. Situação revertida anos depois, quando alguns moradores, diante do abandono e do descaso dos governantes para com a antiga capital, perceberam que a solução, ou melhor, a saída para devolver a vida à  cidade era o resgate de sua cultura e das tradições. Somente assim, o povo vilaboense conseguiria  proteger seu patrimônio, resgatar sua identidade  e devolver ao país o secular conjunto arquitetônico  erguido em 1727. 
   Após anos de lutas, a cidade foi restabelecendo-se. Prédios foram recuperados. Em 1951, o Instituto do Patrimônio  Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou alguns prédios da antiga Capital. No ano de 2001, a cidade teve sua importância reconhecida, recebendo da Unesco o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, título importante, que devolveu a antiga capital o reconhecimento  a que tem direito.