domingo, 22 de maio de 2011

Goiás e sua história



 


  A Cidade de Goiás, historicamente reconhecida como marco do trabalho dos bandeirantes paulistas em busca do ouro e do aprisionamento de índios nos sertões do Centro - Oeste brasileiro, situa-se às margens do Rio Vermelho, circundada pela Serra Dourada. Foi edificada em um pequeno vale, antes habitado pelos lendários índios Goyazes.
  Sua fundação é atribuída aos “desbravadores” e data de 1727. Inicialmente, teve a denominação de Arraial de Santana. Pela sua importância, foi elevada a Vila Boa de Goiás em 1749, passando a ser reconhecida como  Cidade de Goiás em 1818. 
   Foi Capital do Estado até o ano de 1937, quando se deu a transferência da Capital para a cidade de Goiânia. Nessa época, o município não perdeu somente o Poder Político; foram transferidas também   as melhores escolas da região, faculdades e toda a infraestrutura da  cidade para a nova Capital.
   Os poucos habitantes que aqui ficaram quase foram esquecidos. Muitas casas foram abandonadas, alguns moradores mudaram para a nova Capital, outros foram para as fazendas, deixando a cidade com ar de marasmo. A economia girava em torno do pequeno comércio local, da agropecuária de subsistência e do serviço público. Sem estrutura adequada para atender à população, deixou muitos moradores abaixo da linha da pobreza, sem estudo, sem trabalho, pouca ou nenhuma perspectiva de  vida.
    Segundo o historiador (Lima: 2008,p 22), a perda da condição de Capital representou para o povo da Cidade de Goiás uma enorme corrosão em sua vida econômica e, igualmente, um forte abalo na autoestima de sua população.
    A cidade  passou um longo período em declínio político e econômico.Não houve, por várias décadas, investimentos suficientes  nas áreas da saúde e da educação. Situação revertida anos depois, quando alguns moradores, diante do abandono e do descaso dos governantes para com a antiga capital, perceberam que a solução, ou melhor, a saída para devolver a vida à  cidade era o resgate de sua cultura e das tradições. Somente assim, o povo vilaboense conseguiria  proteger seu patrimônio, resgatar sua identidade  e devolver ao país o secular conjunto arquitetônico  erguido em 1727. 
   Após anos de lutas, a cidade foi restabelecendo-se. Prédios foram recuperados. Em 1951, o Instituto do Patrimônio  Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) tombou alguns prédios da antiga Capital. No ano de 2001, a cidade teve sua importância reconhecida, recebendo da Unesco o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, título importante, que devolveu a antiga capital o reconhecimento  a que tem direito.
    

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